As notícias da Guarda mais perto de Si

Dia da Mulher

Publicidade

 

Neste Dia da Mulher, 8 de março, publicamos um estudo da DOVE sobre mulheres com mais de 40 anos. As mulheres entre os 50 e 59 anos, 1 em cada 2 mulheres portuguesas tem baixa autoestima.

 

A Dove realizou um estudo pioneiro sobre o impacto do envelhecimento na autoestima das mulheres portuguesas com mais de 40 anos. Embora duas em cada três mulheres apresente uma autoestima positiva nesta faixa etária, há claramente uma quebra da confiança a partir dos 50 anos, que coincide com uma fase de grande transformação da mulher: a menopausa. Das 84% das mulheres entre os 50 e 59 anos não se sente apreciada ou valorizada, conclui o estudo. E 1 em cada 5 mulheres acima dos 40 anos, já foi vítima de comentários negativos e/ou discriminação devido à idade. A discriminação ocorre maioritariamente em contexto profissional (66% dos casos) e as críticas são feitas sobretudo ao desempenho de tarefas e funções.

 

A “Autoestima e o Envelhecimento Feminino” é o mais recente estudo de Dove em Portugal, que procura entender como é que as mulheres portuguesas a partir dos 40 anos experienciam o avançar da idade. Depois de em 2022 a marca ter sido pioneira na realização de um estudo sobre o body shaming em Portugal, concluindo que duas em cada três mulheres é vítima de comentários negativos à sua aparência física, este ano Dove volta a adiantar-se e foca-se noutra problemática: o envelhecimento.

Publicidade

 

“Para Dove, a beleza não tem rótulos nem padrões. E se não tem tamanhos, também não escolhe idades. Sentimos que a sociedade atual ainda pressiona muito a mulher à medida que esta envelhece, como se houvesse roupas que já não deve vestir, experiências que não pode ter ou profissões onde não é bem vista”, começa por explicar Marta Quelhas, Responsável de Dove Portugal.  E acrescenta: “De facto, 53% das inquiridas entre os 50 e 59 anos sente-se esquecida ou fora de prazo, deparando-se com situações de competitividade com mulheres mais jovens, quer ao nível das relações profissionais quer sociais e de amizade, numa luta constante para parecer mais jovem”.

 

Em concreto, a faixa etária dos cinquenta é aquela que o estudo de Dove identifica como a mais fragilizada dos 40 aos 70+ anos. Se 66% do total das inquiridas apresenta uma autoestima positiva, esta percentagem baixa para os 50% nas mulheres entre os 50 e 59 anos. E mais: 84% das mulheres nesta idade  não se sente apreciada ou valorizada, enquanto 69% alega que não tem motivos para se orgulhar dela própria. É também na meia idade que a mulher ouve mais críticas depreciativas: uma em cada três é alvo de discriminação, sobretudo de amigos ou conhecidos (53% dos casos), relacionada com o seu desempenho e funções (46%), com o seu corpo (36%), e cabelos brancos ou falta de cabelo (28%).

 

A psicóloga Filipa Jardim da Silva aponta: “o medo de adoecer, de perder valor enquanto pessoa e profissional, de perder autonomia, de deixar de ser atraente ou de ficar sozinha, são os principais receios associados ao avançar da idade, que quando não reconhecidos e regulados, podem originar perturbações de ansiedade e de humor deprimido”.

 

Outra das principais conclusões do estudo “Autoestima e o Envelhecimento Feminino” é que a menopausa impacta negativamente a confiança da mulher. Prova disso é que embora só 38% das inquiridas se refira à idade como uma preocupação, esta percentagem sobe para 47% no caso das mulheres que estão a passar pela menopausa.

 

Perante estas conclusões, a psicóloga Filipa Jardim da Silva comenta: “Algumas das alterações físicas e hormonais inerentes à menopausa podem afetar como as mulheres se sentem em relação a si mesmas. Devemos lembrar-nos que esta é a fase que encerra o ciclo fértil feminino, acabando por marcar a passagem do tempo de uma forma muito concreta, o que muitas vezes abala psicologicamente a mulher. A menopausa coincide também com outras mudanças significativas na vida da mulher, como a saída dos filhos de casa ou perda de familiares”.

 

Além disso, 67% das mulheres considera que existem poucos recursos de apoio para lidar com a menopausa e 54% sente que este é ainda um tema tabu para a sociedade. De facto, “a sociedade em geral ainda compreende pouco as várias etapas da vida da mulher, incluindo a menopausa. Isso traduz-se na falta de um acompanhamento pluridisciplinar adequado em saúde, na escassez de planos de prevenção, ou na forma rígida e pouca empática com que as pessoas e até mesmo algumas empresas tratam as mulheres à medida que envelhecem”, reforça a especialista.

 

O mais recente estudo de Dove é uma das iniciativas da campanha “De body aging a Body Love”, que tem como objetivo inspirar as mulheres a terem mais “good body days” durante o processo de envelhecimento. “Queremos mostrar que, apesar de todos os desafios, envelhecer é também uma oportunidade para a mulher dedicar mais tempo a si própria, para se cuidar até nas pequenas coisas, pois sabemos que é a partir de certa idade que muitas mulheres deixam de sentir a pressão de agradar a todos para naturalmente se aceitarem e admirarem como são”, evidencia Marta Quelhas.

 

Para falar “sem tabus” sobre o envelhecimento e a autoestima feminina, Dove participará na 1ª edição do Women Aging Summit com uma talk inspiradora que contará com o testemunho da vocalista Ana Bacalhau (44 anos) e da atriz Carla Andrino (56 anos). A conversa mediada pela psicóloga Filipa Jardim da Silva tem início às 17h30 do dia 11 de março, sendo que o evento se prolonga de 10 a 12, no Museu da Eletricidade.

 

 

Jornalista/Consultora:  Mafalda Santos

 

Publicidade

 

 

 

 

 

Publicidade
(Fim do artigo – www.guardanoticias.pt – As notícias da Guarda no Facebook e Twiter). G-WH913LSLRB 86d4e63d557e44029786b77c5bab0cb3
%d bloggers like this: